quinta-feira, 26 de junho de 2008

Divulgação/Divulgação

Adriana Esteves e Fernanda Souza

Ser linda ou ser legal? Uma menina loira de 16 anos não tem problemas com o espelho, certo? E uma de olhos azuis? Pois foi em cima dessas questões que as companheiras de " Toma Lá, dá cá " Adriana Esteves e Fernanda Souza se debruçaram durante um bate-papo promovido pela revista "Gloss", que chega às bancas em julho. A conclusão do papo foi que o melhor é rir de si mesma, sempre. Confira alguns trechos!

 

Fernanda Souza - A primeira coisa que observo num cara é se ele me faz rir ou, pelo menos, dá risadas das minhas piadas. Se for assim, já vou achá-lo um fofo. O Vladimir [Brichta , ator, marido de Adriana] é muito engraçado, né?

Adriana Esteves- Sabe que a gente fez muitos amigos por conta disso? Dizem: "Casaaaal, vamos sair para beber e dar risada?". Humor é fundamental! Não quero um homem que me faça chorar... Até nossos filhos são engraçados. Num dia das mães ganhei de presente a fantasia da Mulher Elástica, de Os Incríveis. O Vladimir comprou para ele o pijama do Sr. Incrível e para as crianças, o Flecha e a Violeta. Quando engravidei do Vicente, os meus filhos diziam que tinha de ser menino para ser o Zezé. Aí a gente comprou o bonequinho. Não é que o Vicente é igualzinho ao Zezé?! (risos) 

Fernanda Souza  - Você ri de você mesma? 
Adriana Esteves
- Com certeza, especialmente dos furos que dou. Ao invés de me culpar, me maltratar, eu dou risada. Acho que é uma bela saída para não sofrer. Não brigo comigo, de jeito nenhum. 

Fernanda Souza  - Li que no início da carreira de modelo você tinha um cabelão louro, comprido e teve de pintar e fazer permanente. Seu bom humor ajudou nessa hora? 

Adriana Esteves - Não! Aliás, sofri uma depressão gravíssima. Eu tinha 16 anos, um cabelo virgem, que nunca havia visto tintura, loirinho de queimado do sol. Fiquei muito indignada... Me perguntava: por que fazem uma seleção, escolhem uma modelo loira de cabelo liso para fazer uma ruiva de permanente?! Embora eu precisasse da grana, fiquei deprimidíssima. Ali, tive minha primeira grande crise na vida: até que ponto ir atrás de dinheiro vale a pena? 

Adriana Esteves  - Eu também quero perguntar... Fernanda, me parece que o desejo de ser bonita, de ser jovem não atrapalha você nem a deixa ansiosa. É verdade? 

Fernanda Souza  - Isso deve ser porque nunca ninguém me viu como a garota mais bonita. Eu podia ser a mais engraçada, aquela que dá conta do papel, mas a mais bonita... 

Adriana Esteves  - Como assim? Com esse olho maravilhoso?
Fernanda Souza
  - Ah, mas isso hoje em dia! Por isso, para mim, é muito bacana estar fazendo a Isadora [de Toma Lá Dá Cá], com o corpo legal, depois de vários outros personagens que não tinham nada a ver com beleza física. Por causa dela eu perdi sete quilos em três meses, fechei a boca e passei a correr duas ou três vezes por semana. Nem sempre dava, mas eu tive força de vontade! A personagem usa roupas justas, curtas, decotadas e eu não queria desapontar. Ainda é muito difícil para mim acreditar... Olho no espelho e vejo vários defeitos. Na verdade, penso que sou muito mais legal do que linda. (risos) 

Adriana Esteves  - Aliás, é muito melhor ser legal, não é? Ser legal é tudo o que a gente quer nesta vida! 

Fernanda Souza - Você é tranqüila, né? Não é muito vaidosa... 
Adriana Esteves
  - Sou vaidosa, sim. Só não sou uma boneca. Não gosto de ficar me arrumando. Queria uma mágica, que já saísse pronta com pó e tal. Por isso, nada como um pretinho básico. Prefiro ser prática. 

Fernanda Souza - A proximidade dos 40 anos lhe assusta? 
Adriana Esteves
  - Estou com 38 e não tenho saudade do que era a minha vida. Gostei de todos os momentos, inclusive os de agora. Estou construindo coisas bacanas para o futuro! Quantos homens e mulheres que a gente admira não são mais velhos? Ou são pessoas que não têm idade? O Miguel Falabella, por exemplo, é um garoto que não tem idade. Conversa com meu filho de 7 anos de igual para igual. Então, não sofro com esse assunto. Sei que a idade vem me dando e, ainda vai me dar, muitas alegrias. Está tudo certo.

domingo, 22 de junho de 2008

Adriana Esteves: comédia e drama

RIO - Uma dona-de-casa que vive dando faniquitos com a família ou uma mulher corajosa em seus últimos dias com o rei do cangaço. Para Adriana Esteves, tanto faz se a sua personagem é cômica, como a Celinha de "Toma lá, dá cá", ou dramática, como a Maria Bonita da peça "Auto de Angicos". O grande público, leia-se o de televisão, porém, vem ligando mais o seu nome a uma das moradoras do tresloucado Jambalaya Ocean Drive. No humorístico da TV Globo, escrito por Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa, a atriz, de 38 anos - lançada no quadro "Estrela por um dia", do "Domingão do Faustão - tem arrancado gargalhadas e dominado as cenas, principalmente quando surta num daqueles seus ataques cheios de caras e caretas, sacudindo o gigantesco e lisíssimo rabo-de-cavalo louro.

Ouça trecho da entrevista com Adriana Esteves

Celinha - uma impecável "administradora do lar", que se veste como aquelas mulheres perfeitas de anúncios dos anos 50, embora meio neurótica - foi criada pelos autores para Adriana. Falabella sabia que era um risco oferecer um papel cômico a uma intérprete que já fez tantas mocinhas dramáticas, mas a estrela topou o desafio e superou as expectativas.

" Adriana, assim como eu, vem do subúrbio do Rio e brinca, em sua Celinha, com um 'carioquês' cheio de ginga e expressões próprias. "

- Adriana, assim como eu, vem do subúrbio do Rio e brinca, em sua Celinha, com um "carioquês" cheio de ginga e expressões próprias, conferindo à personagem uma credibilidade fundamental - diz Falabella, que também atua na sitcom como o impagável Mário Jorge.

Maria Carmem aponta Adriana como uma revelação no humor. E o motivo é simples:

- Na vida real, ela é muito bem-humorada, espirituosa. Quando a gente conversa com ela, percebe como ela pode ser ainda mais engraçada - diz a autora, que compara o carisma de Celinha com o de Copélia (Arlete Salles). - Apesar de uma ser o oposto da outra. A Celinha seria a "popular politicamente correta".

Outro ator de "Toma lá, dá cá", Diogo Vilela acredita que Adriana se redescobriu na sátira.

- Seu potencial estava adormecido. Acho até que ela está se descobrindo nesta área - avalia ele, orgulhoso da colega. - Adriana está vivendo um grande momento de sua carreira. Ela merece estar sendo coroada. É uma trabalhadora.

A princípio, a atriz diz que seu encontro com o humor não deveria ser novidade para os telespectadores. Apesar de nos últimos trabalhos em TV ter vivido a heroína de "A Lua me disse" (de Falabella e Maria Carmem, em 2005) e a malvada Nazaré, na primeira fase de "Senhora do destino" (de Aguinaldo Silva, em 2004), ela acha que as pessoas já conhecem seu lado burlesco desde Catarina de "O cravo e a rosa" - trama de Walcyr Carrasco e Mário Teixeira exibida há oito anos. Mas, quando pensa em Celinha, reconhece que a personagem tem um grande apelo.

- Esse humor rasgado que eu faço no "Toma lá, dá cá" pode ser surpresa para os outros, mas para mim não é - diz ela, que, em seguida, pondera: - Mas, pensando melhor, lembro que outro dia, quando terminou a peça (em cartaz em São Paulo), que é trágica, vi uma pessoa aplaudindo, chorando e imitando aquele tique nervoso da Celinha - diverte-se ela, enquanto era maquiada, a seu pedido sem exageros, para a capa da Revista da TV, no Hotel Intercontinental, em São Conrado.

Adriana entrega que Celinha, às vezes, lembra algumas mulheres de sua família:

- Se eu fosse patricinha, seria ela. Se fosse dona-de-casa prendada, seria ela. É aquela brincadeira do faz-de-conta. Tenho o maior prazer em construir essa personagem. Ela me alegra. E é parecida com alguns parentes da minha mãe - diz a atriz, mãe de três filhos e casada (esta é sua terceira união) com o ator Vladimir Brichta.

" Sou suburbana (Adriana nasceu no Méier). Tenho impressão de que o subúrbio faz com que as pessoas fiquem mais autênticas. Quero isso para minha vida. "

Diretora do programa, Cininha de Paula acredita que "nem sempre por trás de uma grande atriz há uma grande comediante". O que, para ela, não é o caso de Adriana:

- Ela já tinha mostrado isso em "O cravo e a rosa", mas, num programa semanal, ainda não. É interessante vê-la crescendo no humor.

Aguinaldo Silva, com quem a atriz trabalhou em "A indomada", em 1997, não acha que o caminho de Adriana seja só o "da comédia levíssima dos seriados." E mais: ele diz que se preocupa com o número de atores de peso que vem se dedicando apenas a um gênero:

- Como Fernanda Torres, Pedro Cardoso, Selton Mello, Luís Fernando Guimarães, Diogo Vilela... Sem falar na própria Adriana, que acabou de aportar na comédia.

Para Walcyr Carrasco e Silvio de Abreu, no entanto, Adriana não precisa seguir um único caminho, podendo viver com segurança uma heroína romântica, uma bandida ou uma Celinha.

Ao olhar para trás, a atriz diz, sem medo dos clichês, que está plantando o que colheu:

- Sou uma pessoa que se joga, que se aprofunda, não tenho medo de mudar de opinião ou de pedir desculpas. Até tudo o que eu sofri, sofreria de novo. E falo de romances, família, "Renascer" (de Benedito Ruy Barbosa, de 1993, em que levou uma enxurrada de críticas). Somos o resultado de uma vida inteira. Tenho muito carinho e respeito pela minha trajetória.

Por causa das gravações e das apresentações da peça, Adriana faz valer cada minuto. Com ela, não há tempo a perder ou espaço para estrelismos. Chega 15 minutos antes do horário combinado para a entrevista e não quer saber nem de arrumar o cabelo.

- Sempre usei cabelo lisinho. De uns tempos para cá, se faço escova, depois eu me vejo nas fotos e parece que aquilo não está combinando comigo. Ninguém tem o cabelo assim, esticado. A gente trabalha, vai de um lado para o outro, parece que o cabelo está mentiroso. Agora me sinto melhor despenteada - garante. - Sou suburbana (ela nasceu no Méier). Tenho impressão de que o subúrbio faz com que as pessoas fiquem mais autênticas. Quero isso para minha vida.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Todo namoro que se preze tem que ter aquele frio na barriga, certo? E uma pitada de surpresa também. Por isso, nossa equipe deu um forcinha para Vladimir Brichta, que levou flores para Adriana Esteves no camarim de Toma Lá Dá Cá. A moça adorou e os pombinhos contaram tintim por tintim de como se conheceram. Coisa linda!