segunda-feira, 9 de abril de 2012

Adriana Esteves comenta sucesso como vilã em novela

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Adriana Esteves (Agnews)

Depois de interpretar a arqueóloga e vilã Júlia em "Morde & Assopra", a atriz Adriana Esteves volta como a maléfica Carminha, de "Avenida Brasil", nova novela de João Emanuel Carneiro. E para fazer uma grande vilã, a atriz diz que é "preciso inteligência de quem escreve, de quem dirige e de quem atua".  "Tenho de pensar em coisas muito difíceis, das quais, às vezes, queremos fugir. Mas eu não posso colocá-las para baixo do tapete" analisa.

Em entrevista ao PopTevê, a atriz contou que o convite foi feito pelo autor quando ela ainda estava no ar com o folhetim de Walcyr Carrasco. "Não vou negar que foi mérito meu, meu esforço, minha luta. Mas ser convidada para uma novela do Ricardo Waddington e do João Emanuel também foi muita sorte", acredita. Na trama, a vilã arma um plano para se casar com Tufão, de Murilo Benício, e ficar com a fortuna do jogador. Carminha tem a ajuda do amante Max, vivido por Marcelo Novaes. "O Max é o parceiro de vida dela. Eles se conheceram muito pequenos em meio a uma enorme miséria. Ele só tem a ela e ela só tem a ele", explica.

Adriana não interpreta uma vilã desde 1998, quando viveu Sandrinha em "Torre de Babel". Mas a atriz não teme um estranhamento do público. Para ela, é bom que as pessoas vejam um ator fazendo papéis diferentes. Afinal, a televisão pode ser muito limitadora e sair dos estereótipos pode levar a boas surpresas. "Foi assim com a Sandrinha e também com os dramas da Dalva" conclui, referindo-se à sua atuação na minissérie "Dalva e Herivelto – Uma Canção de Amor". Abaixo, ela falou sobre como ela se prepara para o papel.

PopTevê: Além da mudança nos cabelos, agora mais longos e claros, o que mais você fez para construir a personagem?

Adriana Esteves: A maior ferramenta do ator é a observação. A partir do momento em que pego a sinopse da novela, meu olhar já fica direcionado para qualquer detalhe de composição. É um processo muito íntimo, e uma referência que serve para mim pode não servir para outra pessoa. Construo meus personagens de uma forma que eles precisam ficar guardadinhos em mim. Não posso abrir minha caixinha. Sou uma atriz do tipo protetora, não costumo entregar minhas fontes.

PopTevê: João Emanuel Carneiro criou a Flora, vilã que foi interpretada por Patrícia Pillar em "A Favorita", em 2008, e que fez bastante sucesso. Você acha que vão surgir muitas comparações com a sua personagem?

Adriana Esteves: A Flora e a Carminha são da mesma escola. A diferença é que a Flora era uma psicopata e a Carminha é uma sobrevivente. Ela saiu de um lixão, ela quer se dar bem a qualquer custo, e não mede as consequências das maldades para chegar aos seus objetivos.

PopTevê: "Avenida Brasil" é a sua 15ª novela. Como você avalia sua trajetória? Se considera muito autocrítica?

Adriana Esteves: Me assisto todos os dias e não sofro mais. Acho que a maturidade me fez isso. É claro que não sou a mesma atriz de anos atrás, estudei, me esforcei muito, e, mesmo contrariada, tive de aprender com as críticas. Gosto de personagens inteligentes. Acho que a Carminha é do tipo que instigaria qualquer ator. Quando se tem essa matéria-prima, tudo muda, tanto a minha interpretação quanto o resultado que vejo depois de gravar.



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